quinta-feira, 9 de junho de 2011

Missa na AAPC

Nesta quinta-feira (09), às 15:00h, houve uma Celebração Eucarística, com a presença dos voluntários e pacientes da AAPC (Associação de Apoio de Pessoas com Câncer), na mesma. Presidida por Pe. Ibís, (reitor do seminário de Juazeiro e Barra), a missa foi bastante participativa por parte de todos, tendo momentos de forte emoção durante a celebração. Na homilia, o padre falou da importância de acreditar no amor e na presença de Deus em nossa vida, principalmente nos momentos de sofrimento, independente de religião. Em outras palavras, ele disse: "Deus, é um Deus que caminha conosco".

Sabemos que, quem convive com o câncer, por muitas vezes, a pessoa é tomada pela fragilidade e instabilidade, por isso, momentos fortes assim, o indivíduo é tocado e aliviado. Era perceptível, a alegria  e felicidade no rosto das pessoas durante toda a celebração.

Houve também uma intenção em ação de graças pelo aniversário da Srª Djanira, (coordenadora), que no final recebeu o parabéns de todos, finalizando assim, com a partilhando do bolo.

No final da celebração, o padre se prontificou em também poder cooperar com a associação, naquilo que ele puder. Agradeceu o convite e o acolhimento, prometendo voltar lá.

Veja as fotos da Missa clicando aqui.

Gilmar Loiola
Seminarista  

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Plano de fundo

sábado, 29 de janeiro de 2011

Estrogênio pode ajudar a prevenir Câncer de mama

Hormônio tem efeito protetor quando ingerido durante a terapia de reposição hormonal

Nossa análise sugere que, ao contrário do que se imaginava, há um valor substancial em utilizar o estrogênio na terapia de reposição hormonal. Os dados mostram que, para determinadas mulheres, ele não é apenas seguro, mas potencialmente benéfico contra o câncer de mama, assim como para outros aspectos da saúde feminina — disse o pesquisador Joseph Ragas, oncologista da Faculdade de Medicina da Universidade de British Columbia, no Canadá. Ragaz e outros pesquisadores reviram e analisaram dados de um estudo epidemiológico realizado entre mulheres que faziam testes de reposição hormonal. O objetivo desse estudo, o Women's Health Initiative (WHI), é prevenir doenças cardíacas, câncer de mama e colorretal e fraturas em mulheres na pós-menopausa. Ele foi lançado em 1991 e inclui dados de cerca de 161 mil mulheres entre 50 e 79 anos.

Nas últimas três décadas, a terapia de reposição hormonal tem sido usada quase que indiscriminadamente por mulheres que esperam melhorar a qualidade de vida de forma geral. Originalmente, os resultados do WHI sugeriam que a terapia não fazia bem à saúde — recorda Ragaz. O estudo é formado por dois grupos de mulheres: as que não têm útero e tomam apenas estrogênio e aquelas que não retiraram o órgão e fazem terapia com estrogênio e progestina (hormônio sintético). Ragaz reavaliou os dados do WHI e descobriu que as voluntárias sem histórico familiar de câncer de mama que receberam apenas o estrogênio tiveram uma redução de mais de 70% na incidência da doença.

Essa redução é uma nova descoberta, porque o estrogênio sempre foi associado à alta incidência do câncer de mama, mas agora sabemos que, administrado de forma exógena (sem ser produzido naturalmente pelo organismo), ele é, na verdade, um protetor — diz.
De acordo com o médico, são necessários mais estudos para determinar o tratamento ideal, definir o perfil de mulheres beneficiadas e entender melhor o mecanismo do hormônio no processo de prevenção do câncer de mama.

Combinação de remédios

Outra forma de reduzir um tipo de câncer de mama, o HER-2 positivo, considerado um dos mais agressivos, também foi descrita na reunião da Associação Americana para Pesquisa sobre o Câncer. Segundo o Centro de Câncer do Hospital Geral de Massachusetts, em Boston, a combinação de três substâncias já aprovadas e existentes do mercado melhorou a resposta do tumor, comparando-se à ação dessas drogas sozinhas. O principal autor da pesquisa, José Baselga, chefe da Divisão de Hematologia e oncologia do hospital, diz que dados iniciais indicam uma taxa de remissão total de 50% — o índice foi de 20% nas mulheres que tomaram apenas uma das substâncias.

Já havia sido sugerido em pequenos estudos clínicos que a combinação de lapatinibe, trastuzumabe e paclitaxel seria mais efetiva que cada uma dessas drogas sozinhas, mas essa é a primeira vez que provamos isso em uma pesquisa de larga escala — disse Baselga.

O destaque

Na área de pesquisas que podem levar ao desenvolvimento de novos tratamentos, o destaque foi um estudo publicado na revista Cancer Research. Cientistas do Centro de Câncer Kimmel da Universidade Thomas Jefferson, nos EUA, conseguiram provar uma antiga suspeita: a de que inflamações nas mamas são a chave do desenvolvimento e da progressão do câncer. Em uma experiência feita com ratos, eles demonstraram que os processos inflamatórios dentro das mamas promovem o crescimento das células cancerígenas. Eles também demonstraram que, ao desativar a inflamação, é possível evitar o câncer.

Preocupação feminina, o que é?

Câncer de mama é o desenvolvimento anormal das células do seio. Essas estruturas crescem de forma desordenada e substituem o tecido saudável. O câncer normalmente começa com um pequeno nódulo, que pode crescer e se espalhar para áreas próximas à mama acometida, como os músculos, a pele e as axilas.

Sintomas

- Nódulo ou tumor no seio, acompanhado ou não de dor mamária
- Alteração no tamanho ou na forma da mama
- Alteração no aspecto da mama, da auréola ou do mamilo
- Saída de secreção pelo mamilo, sensibilidade mamilar ou inversão do mamilo para dentro da mama
- Sensações como calor, inchaço, rubor ou escamação
- Podem também surgir nódulos palpáveis na axila
- Enrugamento ou endurecimento da mama (a pelo adquire um aspecto de casca de laranja)

Fatores de risco

- Histórico familiar, especialmente se um ou mais parentes de primeiro grau (mãe ou irmã) tiveram a doença antes dos 50 anos
- Primeira menstruação precoce e menopausa tardia
- Idade avançada
- Ocorrência da primeira gravidez após os 30 anos
- Não ter tido filhos
- Uso precoce de contraceptivos orais ou por período prolongado de tempo
- Ingestão regular de álcool, mesmo que em quantidade moderada
- Exposição a radiações ionizantes em idade inferior aos 35 anos

Detecção precoce

Embora seja uma doença tratável, a descoberta precoce é fundamental para o sucesso do tratamento. Quanto antes o tumor maligno for descoberto, seja por meio de mamografias ou de exames clínicos, maiores as chances de remissão da doença.

Alertas do Google

Uma novidade na luta contra o câncer de mama foi apresentada em dezembro, na reunião anual da Associação Americana para Pesquisa sobre o Câncer (AACR). Surpreendentemente, o hormônio estrogênio, conhecido na literatura médica por ser um fator de risco carcinogênico, pode proteger as mulheres contra o tumor maligno. Embora a forma endógena do hormônio, ou seja, aquela produzida pelos ovários, tenha ligação com o aparecimento do câncer, quando ingerido durante a terapia de reposição hormonal, diminui os riscos da neoplasia.

Tumores pré-históricos geram debate sobre o câncer

Descobertas arqueológicas questionam crença de que câncer seja doença do homem moderno

Quando escavaram uma colina de sepultamento na região russa de Tuva, há aproximadamente dez anos, os arqueólogos literalmente encontraram ouro. Encurvados no chão de uma sala interna havia dois esqueletos, um homem e uma mulher, cercados por indumentárias reais de 27 séculos atrás: toucas e mantos adornados com imagens de ouro de cavalos, panteras e outros animais sagrados. Mas para os paleopatologistas (estudiosos de doenças antigas)-, o tesouro mais rico era a abundância de tumores em praticamente todos os ossos do corpo masculino. O diagnóstico: o caso de câncer na próstata mais antigo de que se tem notícia.

A próstata em si já havia se desintegrado há muito tempo. Porém, células malignas da glândula haviam migrado seguindo um padrão familiar, deixando cicatrizes identificáveis. Proteínas extraídas do osso testaram positivo para PSA (sigla em inglês para antígeno prostático específico).

Frequentemente considerado uma doença moderna, o câncer sempre esteve conosco. Onde os cientistas discordam é sobre o quanto ele foi amplificado pelos doces e amargos frutos da civilização. Ao longo das décadas, arqueólogos descobriram cerca de 200 casos possíveis de câncer datando de tempos pré-históricos. No entanto, considerando-se as dificuldades de extrair estatísticas de ossos antigos, isso significa pouco ou muito?

Um recente relatório de dois egiptólogos, publicado na revista "Nature Reviews: Cancer", revisou a literatura, concluindo que existe uma "arrebatadora raridade de malignidades" em antigos restos mortais humanos.

Doença da era moderna
"A raridade do câncer na antiguidade sugere que tais fatores se limitam a sociedades que são afetadas por questões da vida moderna, como o uso do tabaco e a poluição industrial", escreveram os autores, A. Rosalie David, da Universidade de Manchester, e Michael R. Zimmerman, da Universidade Villanova. Também entram na lista obesidade, hábitos alimentares, práticas sexuais e reprodutivas, e outros fatores frequentemente alterados pela civilização.

Na internet, relatos da mídia fizeram a questão soar inequívoca: "O câncer é uma doença criada pelo homem"; "A cura para o câncer: viver como em nos velhos tempos". Mesmo assim, muitos especialistas médicos e arqueólogos ficaram não ficaram tão impressionados.

"Não existem razões para achar que o câncer é uma doença nova", disse Robert A. Weinberg, um pesquisador de câncer do Instituto Whitehead de Pesquisa Biomédica, em Cambridge, Massachusetts, e autor do livro didático "A Biologia do Câncer". "Em tempos passados, a doença era menos comum porque as pessoas acabavam morrendo cedo, por outros motivos".

Outra consideração, segundo ele, é a revolução na tecnologia médica: "Hoje, nós diagnosticamos muitos cânceres, como de mama e de próstata, que, em épocas passadas, teriam passado despercebidos e sido levados ao túmulo quando a pessoa morresse de outras causas, não relacionadas".

Amostra pequena
Mesmo com tudo isso sendo contabilizado, existe um problema fundamental em estimar a ocorrência de câncer na antiguidade. Duzentos casos podem não parecer muito. Mas a escassez de evidências não é uma prova de escassez. Tumores podem permanecer ocultos dentro dos ossos, e aqueles que fazem seu caminho para fora podem fazer com que o osso se desintegre e desapareça. Mesmo com todos os esforços dos arqueólogos, somente uma fração da pilha de ossos humanos foi coletada, sendo impossível saber o que permanece escondido por baixo.

Anne L. Grauer, presidente da Associação de Paleopatologia e antropóloga da Universidade Loyola de Chicago, estima que existam cerca de 100 mil esqueletos nas coleções osteológicas do mundo todo, e uma grande maioria não foi examinada por raios-X ou estudada com técnicas mais modernas.

Segundo uma análise da Agência de Referência da População, o total acumulado de todos que viveram e morreram até o ano 1 d.C. já se aproximava de 50 bilhões, e havia quase dobrado em 1750 (essa análise refuta a comum afirmação de que haveria mais pessoas vivas hoje do que o total que já viveu na terra). Se essa conta se confirmar, o número de esqueletos no banco de dados arqueológico mal representaria um décimo milésimo de 1 por cento do total.

Nessa minúscula amostra, nem todos os restos mortais estão completos. "Por um bom tempo, os arqueólogos só coletaram crânios", afirmou Heather J.H. Edgar, curadora de osteologia humana do Museu Maxwell de Antropologia da Universidade do Novo México. "Para a maioria, não há como saber o que o resto dos esqueletos poderia dizer sobre a saúde daquelas pessoas".

Então como os cientistas podem avaliar, por exemplo, a importância dos poucos exemplos fossilizados de osteossarcoma, um raro câncer nos ossos que afeta principalmente pessoas jovens? O caso mais antigo foi provavelmente encontrado em 1932, pelo antropólogo Louis Leakey, num parente pré-histórico do homem. Hoje, a incidência anual de osteossarcoma entre jovens com menos de 20 anos é de aproximadamente cinco casos a cada 1 milhão de pessoas.

"Seria preciso examinar dez mil indivíduos para encontrar um caso", disse Mel Greaves, professor de biologia celular no Instituto de Pesquisa do Câncer, na Inglaterra, e autor de "Cancer: The Evolutionary Legacy" (Câncer: O legado evolutivo, em tradução livre). Ainda não foi examinado um número suficiente de restos mortais adolescentes, disse ele, para chegar a uma conclusão significativa.

Existem mais complicações: mais de 99 por cento dos casos de câncer se originam não nos ossos, mas em órgãos mais macios, que entram rapidamente em declínio. A menos que o câncer se espalhe para os ossos, ele provavelmente não será registrado.

Teoricamente, as múmias antigas seriam uma exceção. Porém, também aqui as descobertas foram poucas.

Apenas em raras ocasiões os patologistas conseguem colocar as mãos numa múmia comparativamente recente, como Ferrante I de Aragon, rei de Nápoles, morto em 1494. Quando seu corpo foi autopsiado, cinco séculos depois, descobriram que um adenocarcinoma, que começa em tecidos glandulares, havia se espalhado aos músculos da bacia.

Um estudo molecular revelou um erro tipográfico num gene que regula a divisão celular -- um G havia se tornado um A --, o que sugeria câncer colorretal. A causa, segundo os autores, poderia ser um consumo exagerado de carne vermelha.

Ao longo dos anos, centenas de múmias egípcias e sulamericanas geraram alguns outros casos. Um raro tumor, chamado rabdomiosarcoma, foi encontrado no rosto de uma criança chilena que viveu em algum ponto entre 300 e 600 d.C.

Zimmerman, co-autor da recente revisão, descobriu um carcinoma retal numa múmia do período entre 200 e 400 d.C., e ele confirmou o diagnóstico com uma análise microscópica do tecido _ a primeira, segundo ele, na paleopatologia egípcia.

"A verdade é que o número de múmias e esqueletos realmente antigos com evidências de câncer é insignificante", explicou ele. "Simplesmente não conseguimos encontrar nada como a incidência moderna de câncer".

Embora a expectativa de vida média fosse menor no Egito antigo do que atualmente, Zimmerman afirma que muitos indivíduos, especialmente os ricos, viviam tempo o bastante para contrair outras doenças degenerativas. Sendo assim, por que não o câncer?

Outros especialistas sugeriram que a maioria dos tumores teria sido destruída pelos invasivos rituais da mumificação egípcia. Porém, num estudo publicado em 1977, Zimmerman mostrou que era possível as evidências sobreviverem.

Em um experimento, ele coletou o fígado de um paciente moderno que havia sucumbido ao câncer metastático no cólon, o secou num forno e em seguida o reidratou _ demonstrando, segundo ele, que "as características do câncer são bem preservadas pela mumificação, e que tumores mumificados ficam, na realidade, mais bem preservados que o tecido comum".

Quanto aos esqueletos, porém, o problema permanece: considerando-se o tamanho reduzido da amostra, exatamente quanto de câncer os cientistas deveriam esperar encontrar?

Para se ter uma ideia por alto, Tony Waldron, paleopatologista da University College London, analisou relatos de mortalidade humana de 1901 a 1905 _ período recente o bastante para garantir registros razoavelmente bons, e antigo o bastante para evitar contaminar os dados com, por exemplo, o pico do câncer de pulmão nas últimas décadas devido à popularidade do cigarro.

Contabilizando variações na expectativa de vida e a probabilidade de diferentes males se espalharem aos ossos, ele estimou que, numa "montagem arqueológica", o câncer poderia ser esperado em menos de 2 por cento dos esqueletos masculinos, e entre 4 e 7 por cento dos esqueletos femininos.

Andreas G. Nerlich e colegas, em Munique, testaram a previsão em 905 esqueletos de duas necrópoles egípcias da antiguidade. Com a ajuda de raios-X e exames de tomografia computadorizada, eles diagnosticaram cinco cânceres _ número compatível com as expectativas de Waldron. E, conforme previam suas estatísticas, 13 cânceres foram encontrados em 2.547 restos mortais enterrados num ossário do sul da Alemanha entre 1400 e 1800 d.C.

Para ambos os grupos, segundo os autores, os tumores malignos "não apareceram numa quantidade significativamente menor que a esperada", em comparação com a Inglaterra do início do século 20. Eles concluíram que "a atual elevação da frequência de tumores nas populações presentes está muito mais relacionada ao aumento da expectativa de vida do que a fatores básicos ambientais ou genéticos".

Com tão pouco material para prosseguir, a arqueologia pode nunca obter uma resposta definitiva. "Podemos dizer que o câncer certamente existia, e provavelmente numa frequência menor do que a atual", disse Arthur C. Aufderheide, professor emérito de patologia na Universidade de Minnesota e co-autor da Enciclopédia de Paleopatologia de Cambridge. Esse pode ser o máximo de certeza que jamais teremos.

Conforme os cientistas continuam investigando, pode haver algum consolo em saber que o câncer não é inteiramente culpa da civilização. No curso natural da vida, as células de uma criatura precisam estar constantemente se dividindo _ milhões de vezes por segundo. Algumas vezes, algo sairá errado.

"Quando você cria complexos organismos multicelulares e permite que células individuais proliferem, o câncer se torna uma inevitabilidade", disse Weinberg, do Instituto Whitehead. "Ele é simplesmente uma consequência da crescente entropia, crescente desordem".

Ele não estava sendo fatalista. Ao longo das gerações, os corpos criaram barreiras formidáveis para manter células rebeldes na linha. Parar de fumar, perder peso, comer alimentos saudáveis e tomar outras medidas preventivas pode adiar o câncer por décadas. Até morrermos de outra coisa.

"Se vivêssemos por tempo suficiente", observou Weinberg, "mais cedo ou mais tarde todos nós teríamos câncer".